sábado, 23 de junho de 2018

VAMPYR - Análise

Developer:Dontnod

Consola:
  • PlayStation 4 Pro
  • Razer Raiju Controller
  • Razer Leviathan Sound System

PC:
  • Keyboard Razer Epic Chroma
  • Mouse Razer Naga Epic Chroma
  • Monitor AOC U3277PWQU

Mobile:
  • LAIQ Glow



Vampyr leva-nos até Londres durante a Primeira Guerra Mundial e aqui teremos de ajudar pessoas e também sobreviver, num enredo em que as nossas escolhas são o mais importante.

Vampyr é, na sua essência, um jogo simples. Passado durante a Primeira Guerra Mundial, o nosso personagem é um médico que vagueia pelas ruas de Londres. O problema, tal como se pode deduzir pelo nome do jogo, é a sua condição, que nos levará a enfrentar escolhas complicadas.



Comecemos pela parte gráfica. Vampyr não é um portento, nem tenta ser. Sendo um RPG numa cidade bastante vasta, o jogo foca-se no design de Londres, que está fantástico. Apesar de a qualidade gráfica não ser de topo, a construção de cada cenário está mesmo muito boa, com grande variedade, construídos de forma consistente e com pormenores que fazem a diferença. É fácil sentirmos que aquele mundo é real.

Em termos sonoros este é um jogo muito bem conseguido, com um bom trabalho de vozes tanto nas personagens principais como secundárias. A isso junta-se uma banda sonora envolvente e que consegue melhorar bastante o ambiente claustrofóbico e nublado de todo o enredo. É como se todo o jogo fosse passado num nevoeiro criado para nos dar uma constante sensação de perigo.



No enredo temos um dos pontos mais fortes, porque a quantidade de caminhos é realmente grande. A história demora a arrancar, com um início mais lento e que serve para criar um base consistente. No entanto, aos poucos o enredo começa a arrancar e começamos a perceber o quanto as nossas decisões mudam o que acontece a seguir. As nossas opção em diálogos são mesmo muitas e com as nossas decisões iremos abrir ou fechar portas, bloqueando missões ou abrindo outras, algo que se percebe melhor quando jogamos uma segunda vez o enredo do início.

Na fase mais final o enredo perde algum foco com diálogos menos consistentes, mas no global este é um enredo muito interessante e que será sempre diferente a cada vez que jogarmos, principalmente porque as nossas decisões bloqueiam caminhos que não poderemos voltar a abrir.



No entanto, este jogo tem como foco a sua jogabilidade, pois é ela que aqui tudo junta, e porquê? Porque enquanto jogamos iremos tomar decisões que farão a diferença. Vejam este exemplo: sempre que precisarmos de um boost nas nossas capacidades, só teremos de morder e matar uma pessoa e com isso o nosso caminho estará facilitado nas próximas lutas. O problema é que ao matarmos alguém nunca iremos saber que missões deixarão de existir, ou que atitudes terão outras personagens no futuro. E é nesta constante dúvida que o jogo nos tenta colocar, o de avançar facilmente mas com opções a serem alteradas ou bloqueadas, ou a termos uma atitude pacifista mas mais difícil. Em termos teóricos a ideia está muito bem pensada, mas falha um pouco porque o jogo nunca é difícil o suficiente para que esta escolha seja realmente algo que cause o peso psicológico que deveria ter. Se o jogo fosse mais difícil teríamos aqui vários momentos de indecisão, mas a verdade é que muito raramente senti dificuldades em avançar num combate globalmente fácil e algo previsível.

Globalmente, Vampyr surpreendeu-me pelo seu enredo, design e quantidade enorme de caminhos que os diálogos proporcionam. No entanto falha noutros aspetos, como a jogabilidade. Se este jogo fosse mais difícil, teríamos aqui uma experiência muito interessante mesmo. No entanto, se este é o vosso género e se gostam de jogos baseados no enredo, então é um jogo a experimentar.



Jogabilidade - 75
Gráficos - 77
Som - 83

Enredo - 80

NOTA FINAL - 73

Luís Pinto

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