sábado, 22 de junho de 2019

Total War: Three Kingdoms - Análise



Total War: Three Kingdoms - Análise





Total War: Three Kingdoms é um dos poucos jogos de estratégia por turnos que consegue desafiar-nos a cada instante, e é isso que o torna tão bom, mas não só. Vamos lá ver bem isto ao pormenor.

Este jogo foca-se bastante no sistema de personagens, que é mesmo muito bom, sendo a base para praticamente tudo o que o jogo tem para oferecer. Desde logo salta à vista o excelente design do jogo, quer no mapa quer na construção de algumas personagens principais, com destaque para os generais. O detalhe no grafismo nota-se facilmente, ajudando a que o ambiente do jogo seja muito mais realista, quer nos mapas, cidades ou generais. O mapa, bastante grade e atrativo é onde iremos passar a maioria do nosso tempo e a sua construção está muito bem conseguida, ajudando a criar grandes lances de estratégia durante o jogo graças À sua variedade. Ainda na parte grafica, pena os soldados não terem grande variedade grafica. 

Total War Three Kingdoms tem dois modos de jogo na sua campanha. Num os generais são soldados normais, que lideram soldados que demoram a responder e que por vezes não fazem o que queremos. Noutro modo, o modo Romance, os generais são brutalmente poderosos, verdadeiras lendas onde os seus feitos são aumentados e as suas capacidades quase divinas. Aqui os soldados são muito mais fieis a tudo o que ordenamos e é bastante difícil um general morrer, ocorrendo várias batalhas entre dois generais inimigos e que são os momentos que podem mudar uma batalha para sempre. 

Neste modo romance, o foco está em algumas personagens com grande poder e influência, mas qualquer que seja o modo, a política, influencias e poder está sempre presente. Explorar as características de cada clã é fundamental e temos de criar exércitos consoante essas caracteristicas dos generais. Cada general tem os seus trunfos, quer seja discurso, estratégia, força, coragem, etc, e todos esses fatores influenciam as tropas, a forma como lutam, como aguentam o inimigo, como atacam ou defendem. 

Outro aspeto itneressante é a forma como os generais dos nossos exércitos se dão. Terão de ter atenção às relações entre eles, que podem mudar com o tempo. Com isso, dois amigos generais farão maravilhas num campo de batalha, se forem inimigos pode correr mal e as coisas nunca irão funcionar tão bem. Para além disso, existe também toda uma parte politica em que estas personagens podem querer algo mais, e vocês terão de decidir se lhes dão tal coisa ou não. muita vezes querem cargos mais altos, e nem sempre podemos aceder. é rpeciso manter um bom equilibrio.

É esta tendência de politica e corrupção que torna o jogo num desafio constante. A isto junta-se o facto de a inteligência artificial ser bastante agressiva. Esqueçam as batalhas simuladas. Aqui é preciso combater, sermos inteligentes e preparados para qualquer surpresa, quer seja interna ou externa. 

Com uma boa banda sonora que ajuda a criar um bom ambiente durante centenas de turnos e lutas, é também preciso salientar que em termos de performance é o melhor jogo da saga. Raramente quebra e apenas em batalhas mesmo épicas é que vemos algum arrastar caso os exércitos sejam muito grandes ou as cidades muito complexas, mas, neste aspeto é muito melhor do que qualquer Total War anterior.

Total War Three Kingdoms é um novo marco nos jogos de estratégia por turnos. A campanha é o grande trunfo, com reviravoltas bem pensadas, uma campanha inteligente, muito focada em personagens e nas pessoas, com ambições e medos. É por isso um jogo mais realista, principalmente fora do campo de batalha. É uma estratégia mais política e psicológica que faz a diferença e que futuros Total Wars deverão acompanhar. 


Sem comentários:

Enviar um comentário