sábado, 10 de fevereiro de 2018

MONSTER HUNTER WORLD - Análise

Editora: Sega

Consola:
  • PlayStation 4 Pro
  • Razer Raiju Controller
  • Razer Leviathan Sound System

PC:
  • Keyboard Razer Epic Chroma
  • Mouse Razer Naga Epic Chroma
  • Monitor AOC U3277PWQU

Mobile:
  • LAIQ Glow



Monster Hunter World promete ser um desafio viciante, diferente e bastante prolongado. Mas será que nos consegue agarrar horas suficientes para conhecermos tudo o que tem para dar, ou será que perde a graça rapidamente?

Monster Hunter World é daqueles jogos em que começamos com muito pouco. Quase sem armas e sem sabermos bem por onde avançar. Aos poucos, vamos percebendo as mecânicas do jogo e ficamos abismados com um mundo aberto que parece evoluir de um dia para o outro. A ideia base é simples. Matar monstros, ganhar items, desenvolver armas, matar novos monstros mais fortes, etc... e continuamos a avançar e a descobrir novos locais, novos monstros. Com muita armas e muito para se costumizar, a progressão é rápida o suficiente para não nos sentirmos frustrados. No entanto, a evolução é bastante complexa, com muitos caminhos possíveis e muitas opções tanto na personagem como em tudo o que usa. Com isto, torna-se óbvio que mais alguns tutoriais poderiam ter dado jeito, e que este não é um jogo para qualquer jogador. É preciso ter a sede de experimentar, de procurar, de descobrir.



Um dos pormenores mais importantes deste jogo está no facto de todas as quests terem significado, oferecerem algo ao jogo e ao jogador, e não ser apenas algo para encher e tornar o jogo mais longo. Outro aspeto interessante, e que melhora bastante o jogo, é o facto de tudo o que usamos no nosso personagem ter um impacto claro na jogabilidade e no que acontece no jogo. Armas, items, tudo funciona na perfeição, e teremos de nos adaptar ao que podemos usar. O resultado é um jogo bastante estratégico. Para cada monstro teremos de saber o que usar, como usar, como atacar ou defender.

Em relação aos jogos anteriores, agora é mais fácil encontrar monstros e saber os seus pontos fortes e fracos. No entanto, este conhecimento já não chega. Em cada área teremos certos monstros, que interagem mesmo sem a nossa ação direta. Uns são dominantes, territoriais, outros são sobreviventes. Devemos estudar os seus hábitos, as suas formas de atacar e defender, como caçam, como fogem. Tudo faz sentidos e por vezes teremos de estudar estes aspetos para sermos vencedores. A isto junta-se o grande trunfo deste jogo: a sua inteligência artificial. Os monstros aprendem os nossos ataques e adaptam-se muito bem, É esta a beleza do jogo, ver como este mundo de adapta a nós e nós temos de nos adaptar a ele. A variedade de cenários e monstros é enorme, e cada um tem um comportamento diferente.



Graficamente é um bom jogo. Não é um colosso, mas o seu design está muito bem conseguido e o facto de apresentar cenários enormes é um ponto muito bom. Existe detalhe em cada cenário, tudo parece fazer sentido, ser coerente e as texturas e luzes estão muito boas. Este é um mundo que parece mesmo vivo.

Com um enredo interessante e que me surpreendeu, a campanha termina-se em pouco mais de vinte horas. Contudo, se quiserem explorar tudo e caçar todos os monstros, acredito que sejam precisas umas cento e cinquenta horas, sem exagero.

Monster Hunter World surpreendeu-me pela sua complexidade e por fazer sentido em tantos aspetos. Este mundo parece vivo, orgânico, capaz de se adaptar. por agora ainda é um jogo com alguns problemas para acedermos a jogos multiplayer, mas a experiência globalmente é mesmo muito boa. Se gostam de RPGs, este é um jogo a ter.


Jogabilidade - 91
Gráficos - 90

Som - 93

Enredo - 85

NOTA FINAL - 91






Luís Pinto






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