quinta-feira, 29 de março de 2018

FAR CRY 5 - Análise

Developer: Ubisoft

Consola:
  • PlayStation 4 Pro
  • Razer Raiju Controller
  • Razer Leviathan Sound System

PC:
  • Keyboard Razer Epic Chroma
  • Mouse Razer Naga Epic Chroma
  • Monitor AOC U3277PWQU

Mobile:
  • LAIQ Glow




Chegou às lojas um dos jogos mais esperados do ano. Far Cry 5 promete ser polémico, violento e com muito para se explorar. Estará na lista dos melhores do ano de 2018 quando chegarmos a dezembro?

Far Cry 5 é um daqueles jogos que é divertido de jogar. É verdade que de imediato existe a tentação de fazermos comparações com os jogos anteriores e rapidamente percebemos que não estamos perante um mundo tão exótico como foram Far Cry 3 e 4. Mas será isso um problema? Na realidade, não. Os cenários estão cheios de vida, quer humana, quer animal, há sempre algo a acontecer que nos chama a atenção e a diversidade de cenários é enorme. Montanhas, florestas, pântanos, cidades, grutas, estradas, desertos... Far Cry 5 tenta oferecer um mundo aberto completo, e apesar de não ser dos melhores que já vimos, consegue oferecer tudo o que é preciso para este jogo.



Graficamente não é um portento, ficando ligeiramente abaixo de outros jogos lançados nos últimos meses, mas o facto de existir tanta vida e diversidade, compensa. E é com esta diversidade que o jogo se torna interessante, porque existe sempre uma novidade e a influência dos cenários na jogabilidade leva-nos a que não existam muitos momentos repetitivos.

Ainda na jogabilidade, destaque para os muitos momentos de ação aérea e também aplausos para um enredo que muitas vezes nós possibilidade jogarmos acompanhados de outros personagens controlados pela consola. Podemos contratar especialistas para nos ajudarem em certas missões, aumentando a estratégia na forma de avançar. é uma adição que me agrada, porque aumenta bastante o número de possibilidades para avançarmos.



Far Cry 5 tenta dar um passo em frente em várias vertentes. o facto de podermos costumizar o nosso personagem e escolher entre homem e mulher é uma opção interessante. Mas, provavelmente, o aspeto mais interessante será o facto de podermos fazer toda a história com outro jogador, em co-op. Portanto, jogar Far Cry 5 com um jogador de qualquer parte do mundo é uma nova forma de vermos este jogo e, uma vez mais, o leque de possibilidades aumenta. Existe ainda um novo modo, chamado Arcade, em que podemos construir os nosso cenários e jogá-los online. A ideia é bastante boa mas facilmente perdemos muito e muito tempo nas construções, para depois não jogarmos assim tanto nesta primeira fase. Acredito que dentro de meses existam muitos cenários, e muitos deles brutalmente bem construídos, sendo esta uma forma inteligente de prolongar a longevidade do jogo.

Num jogo com grandes momentos de ação, também é preciso uma boa história para que tudo seja mais completo. Far Cry 5 oferece um enredo com altos e baixos. Os vilões são bons, mas novamente acabamos por fazer a comparação com jogos anteriores, e este FC5 não consegue oferecer vilões tão carismáticos como FC3 e FC4 conseguiram. No entanto, gostei do enredo, apesar de sentir que podia ter sido melhor. Fiquei com a sensação de que esteve aqui uma oportunidade de fazer algo mesmo fantástico, porque a base do enredo, religião, racismo, discrepâncias sociais, etc... está muito bem pensada. Contudo, o final, muito bom, compensa alguma da sensação de que o enredo teve demasiados altos e baixos.



Gostei deste Far Cry 5. As alterações na jogabilidade melhoraram o jogo em mundo aberto. Melhor exploração, sem estarmos "agarrados" às já famosas torres, com vários vilões e com muitos companheiros ao nosso lado durante boa parte do jogo. É um Far Cry que dá um passo em frente e apenas sofre por não conseguir ter vilões tão bons como os anteriores. Tem, obviamente, falhas, mas consegue ser um jogo consistente, divertido e cheio de ação. Se são fãs da série, então este será mais uma boa adição à vossa prateleira


Jogabilidade - 85
Gráficos - 83
Som - 82

Enredo - 80

NOTA FINAL - 81

Luís Pinto








quarta-feira, 28 de março de 2018

Passatempo: Ni No Kuni II - PS4



PASSATEMPO

Ni No Kuni II
Revenant Kingdom

Versão PS4
 


Regressamos aos passatempos para oferecer mais um grande videojogo!

Um agradecimento muito especial à Bandai Namco por me disponibilizar este jogo para um passatempo!

Aproveito, desde já, para agradecer a todos os que participarem e partilharem este passatempo!



Regras do passatempo:

- O passatempo termina dia 10 de abril
- Apenas é permitida uma participação por pessoa
- Devem ser fãs ou seguidores do blog Tek Test
- Se partilharem o passatempo a vossa participação conta a dobrar.
- O vencedor será contactado por e-mail após divulgação do resultado


Boa sorte a todos!



MLB THE SHOW 18 - Análise


Developer: SIE

Consola:
  • PlayStation 4 Pro
  • Razer Raiju Controller
  • Razer Leviathan Sound System

PC:
  • Keyboard Razer Epic Chroma
  • Mouse Razer Naga Epic Chroma
  • Monitor AOC U3277PWQU

Mobile:
  • LAIQ Glow




Em Portugal a série The Show não é muito famosa pois o baseball não é um desporto muito conhecido. No entanto, cada vez mais temos equipas a jogarem esta modalidade em vários pontos do país e vale a pena ver se a experiência está realista na nossa PS4.

Comecemos pela parte gráfica. Tal como se esperava, neste aspeto estamos perante o melhor jogo de sempre da série. Os movimentos estão mais realistas, as faces também e a grande diferença está no público e nas alterações climatéricas que tornam o jogo muito melhor. O ambiente criado está melhor do que nunca, notando-se que está muito mais vivo e capaz de responder ao que está a acontecer.



Na parte sonora as melhorias não são significativas. O trabalho de vozes nos comentários é bom, quase sempre coerente com o que está a acontecer e com uma boa variedade de falas, mas sem ser muito diferente do que foi apresentado no jogo da edição passada apesar de um dos comentadores ser novo. Existe uma clara tentativa de tornar os comentários o mais parecido possível com o show que é uma transmissão televisiva e na maioria do tempo consegue, apesar de não ser sublime como é no 2K18 da NBA.

Em termos de jogabilidade existem algumas melhorias que tornam o jogo mais intuitivo, mas nada que seja muito marcante. Nota-se uma boa evolução da inteligência artificial e na forma como as condições climatéricas alteram o jogo, mostrando que a física do jogo foi melhorada em vários aspetos. A forma como a bola se desloca está agora muito mais realista.



Com os servidores online a funcionarem bem, estive mais tempo nos modos offline. A criação de jogadores está muito boa, com detalhes fantástico e fácil de usar sendo simples criar um personagem realmente parecido connosco. Neste aspeto, será dos melhores criadores visuais de jogadores que já experimentei. Olhando para os modos de jogo, sente-se a falta de um modo Season como existia no jogo do ano passado, em que tínhamos de passar por todos os jogos da season. Por outro lado, os restantes modos compensam, principalmente o modo mais focado na nossa carreira, cheio de decisões para tomarmos e avançarmos na história. Gostei principalmente da forma como o jogador vai evoluindo, sendo bastante direto e coerente com tudo o que acontece no campo.



MLB The Show 18 é, provavelmente, o melhor jogo de baseball de sempre. As melhorias em relação ao jogo anterior notam-se mas não são enormes. É sim uma boa evolução de um jogo que era bom, mas que agora é melhor. Ainda tem falhas e os fãs da modalidade encontrarão algumas, mas no geral, é claramente o jogo a ter se querem um jogo de baseball.


Jogabilidade - 84
Gráficos - 82
Som - 80

NOTA FINAL - 83

Luís Pinto







terça-feira, 27 de março de 2018

A WAY OUT - Análise



Developer: EA

Consola:
  • PlayStation 4 Pro
  • Razer Raiju Controller
  • Razer Leviathan Sound System

PC:
  • Keyboard Razer Epic Chroma
  • Mouse Razer Naga Epic Chroma
  • Monitor AOC U3277PWQU

Mobile:
  • LAIQ Glow

A Way Out é uma espécie de Prison Break em modo co-op. É uma experiência diferente, focada numa jogabilidade que apenas funciona quando jogada em conjunto e que vale a pena!

Em primeiro lugar é preciso indicar que apenas precisam de ter um jogo para que duas pessoas o joguem. Basta escolher um amigo e avançar na história. Com o ecrã quase sempre dividido em dois, o jogo acaba por funcionar muito melhor do que parece à primeira vista. Com cada personagem, Vicent e Leo, a terem características diferentes, as suas habilidades irão moldar a nossa forma de jogar, tal como acontece nos diálogos. São várias as vezes em que as nossas decisões e ações irão alterar a história e cada personagem terá maneiras diferentes para a executar. O mesmo diálogo será diferente consoante quem irá falar em certo momento. Num momento de decisão, cada personagem terá a sua teoria sobre como avançar, e teremos sempre de escolher.



E assim avançamos por um enredo realizado para parecer um filme. Com constantes flashbacks, vamos conhecendo as personagens e percebendo porque forma parar a uma certa situação. Com uma amizade bem criada, é verdade que alguns diálogos parecem fora do contexto, mas todo o jogo é criado para fortalecer uma ligação entre personagens, levando a que essa mesma ligação se sinta nos jogadores. É a cooperação que fará a diferença neste jogo. Estratégia, planeamento e conhecimento das habilidades da personagem é o que nos faz avançar, tornando a jogabilidade realista e bem adaptada. Os desafios feito estão bem construídos para que essa cooperação exista e o resultado é um jogo único com uma história que no fim se torna marcante.



E é a história que junta toda esta jogabilidade em algo coerente. Foram várias as situações em que o enredo nos leva a uma maior ligação emocional e a sabermos como o nosso amigo irá jogar. E é ao criar-se essa união que o jogo se torna melhor, quer nos momentos mais tensos, quer nos momentos mais cómicos. Quando falharmos iremos rir, iremos protestar, e tudo isso é a experiência de jogo que se tenta criar. No final, a sensação que temos é que não foram estes personagens a conseguir fazer algo, fomos nós.

A Way Out tem pontos fracos e outros em que está na média, como por exemplo em grafismo e som não é fantástico, mas é bastante competente. O ritmo por vezes oscila demasiado entre os momentos sérios e outros que pouco oferecem à história, e os vários momentos de QTE podem não ser do agrado de toda a gente, mas, globalmente, este é um jogo que deve ser jogado, pela experiência singular e bem criada que oferece. Se gostam de jogos co-op, então devem dar uma vista de olhos a este jogo!



Jogabilidade - 86
Gráficos - 82
Som - 76

Enredo - 81

NOTA FINAL - 78

Luís Pinto



segunda-feira, 26 de março de 2018

RAZER THRESHER 7.1 PS4 - Análise





Razer Thresher 7.1 PS4

Análise




A Razer continua a tentar melhorar a sua gama de headphones e o seu Thresher tenta ser o novo Rei. Será que consegue? Sim, consegue!


Como muitos de vocês já devem saber, sou um grande fã dos produtos da Razer que estejam ligados ao som, quer em colunas de som, quer em headphones. A Razer é uma das marcas que mais aposta em conforto e qualidade ao mesmo tempo e, apesar de o preço não ser para todos, aqui é justificada pela qualidade. Mas vamos lá ao que interessa.

Este Razer Thresher que testei são a versão para PS4, sendo também possível ligar  a qualquer PC. Em termos de design não foge ao que já conhecemos da marca, sendo que estes headphones apresentam um formato grande e redondo para se adaptarem a qualquer formato de orelha.





A seguir volta-se a notar, rapidamente, que o conforto está garantido. Ao fim de várias horas a jogar com estes phones, o conforto continua presente, sendo, talvez, os melhores phones da Razer neste aspeto. Confortáveis, leves e permanecendo estáveis sem criarem muita pressão nas orelhas.

A seguir entra o mais importante: a qualidade sonora, e aqui os Razer Thresher são o Rei! Com uma simulação de um ambiente 7.1 de topo e sem qualquer tipo de lag em wireless, a Razer criou aqui uma fantástica experiência 7.1 neste headphones. Sim, não consegue ser o mesmo que ter um conjunto de colunas à nossa volta, mas está bastante perto, mesmo. Com agudos e graves a funcionarem de forma poderosa e limpa, sem se sobreporem, é fantástica a qualidade sonora ao ponto de vos dizer que em termos de som, estes são, muito provavelmente, os melhores headphones que já experimentei.

A isto junta-se uma bateria que se aguentou mais de 14 horas de jogo, um Setup bastante intuitivo e um microfone de elevada qualidade que levará a nossa voz de forma bastante limpa a quem estiver a ouvir-nos.

Mas claro que existem falhas, e neste caso existem duas que devo apontar. Em primeiro lugar, não existe jack 3.5mm nem Bluetooth. Aqui teremos de usar USB. Para a grande maioria das pessoas não será um problema, até porque estes são phones focados na PS4 e PC, mas seria interessante ter um grupo mais alargado de possibilidades. Para além disso, falta a monitorização do micro, não sendo possível  ouvir a nossa voz. Uma vez mais é uma falha que a algumas pessoas fará diferença, a outras não. 


É difícil não ficarmos abismados com a qualidade sonora do Razer Thresher 7.1 para PS4. O ambiente criado eleva os jogos para um novo patamar. A bateria é muito bom, o alcance wireless também e quer para jogar, quer para ouvir música, poucos headphones, mesmo muito poucos, atingem esta qualidade. Claro que a qualidade paga-se e aqui estamos perante um produto que não é para qualquer carteira. Mas se estiverem dispostos a pagar mais por boa qualidade, então olhem para este novo Rei do setor.


Conforto - 93
Som- 96
Qualidade/Preço- 82

Qualidade materiais - 86

NOTA FINAL - 93



Luís Pinto

Passatempo: A arte subtil de saber dizer que se f*da - Vencedor!


PASSATEMPO

A arte subtil de saber dizer que se f*da

Vencedor!



Chegou ao fim mais um passatempo no blog. Este ano temos tido muitos passatempos e tenho, uma vez mais, de agradecer a todos os que tornam estas ofertas possíveis.

Agradeço também a todos os participaram e, se não ganharam, desejo-vos melhor sorte para a próxima!
Fiquem atentos, que nos próximos dias teremos novos passatempos!



E o vencedor é:

Carlos C. Silva Pereira

Parabéns ao vencedor!

quinta-feira, 22 de março de 2018

LIFE IS STRANGE: BEFORE THE STORM - Análise


Developer: Square-Enix

Consola:
  • PlayStation 4 Pro
  • Razer Raiju Controller
  • Razer Leviathan Sound System

PC:
  • Keyboard Razer Epic Chroma
  • Mouse Razer Naga Epic Chroma
  • Monitor AOC U3277PWQU

Mobile:
  • LAIQ Glow

Depois de um primeiro jogo que foi um enorme sucesso devido a uma história que dificilmente se esquece, agora Life is Strange está de volta. Mas valerá a pena regressar?

O primeiro Life is Strange conseguiu emocionar os jogadores que lhe deram uma oportunidade. Com um enredo complexo e emocional, a história levava-nos a conhecer um grupo de adolescentes, com grande foco numa rapariga e em certas características que a tornam única. Com um final brutalmente marcante, ficou sempre a dúvida se voltaríamos a esta história e agora a espera acabou.



Nesta edição final com todos os episódios da prequela e ainda material de bonús, estamos perante a prequela do primeiro Life is Strange e serve para conhecermos melhor algumas personagens. Desde o início que percebemos que o enredo será bom. Sim, também é verdade que não consegue estar ao nível da história do primeiro jogo, mas o próprio contexto não o permite, pois aqui iremos ver como tudo começou. É verdade que continuam a existir diálogos que não parecem fazer sentido nem dar nada de novo à história ou desenvolvimento de personagens, mas ajudam a que o jogo pareça ser a vida normal, em que nem todos os momentos são decisivos. Mas a construção da personagem está lá, mesmo que indiretamente.



Olhando para a história, o que se deve aplaudir é como a narrativa muda desde a fase inicial, consoante as nossas escolhas. A isto junta-se o facto de que não poderemos voltar atrás após a decisão, e com isso o jogador sente constantemente o peso das suas decisões. É isto, em última análise, que tornou o primeiro jogo tão bom, e que aqui volta a criar ambiente: as nossas decisões, por vezes bem pensadas, por vezes impulsivas.

Com uma banda sonora interessante e uma componente gráfica que dentro do seu estilo não falha, apesar de em nenhum momento ser um portento, Life is Strange: Before the Storm consegue ser competente em termos técnicos. Continua a ter alguns problemas, como a sincronização de vozes com as faces dos personagens, mas nada de realmente importante. Claro que estes problemas o jogo anterior também apresentava, mas a história conseguiu tapar todos esses defeitos. Aqui a história demora um pouco mais a acelerar, mas como já conhecemos as personagens, a ligação é bastante rápida e acolhedora. Sabe bem voltar a este mundo e a viver com estas personagens.



Com uma jogabilidade simples e muito focada nas nossas decisões, o foco é a história. A ligação entre mãe e filha ganha algum peso no início, sendo, obviamente, sempre um tema muito explorado na adolescência de uma personagem, e depois desenvolve-se para temas mais fortes e que quase sempre parecem normais e atuais. É, obviamente, um jogo mais realista do que o primeiro. Mais focado na sociedade, nas persoangens, no que a vida exige de nós e na ligação que criamos entre pessoas. Gostei do jogo mesmo sem este alcançar os momentos marcantes do primeiro. Se gostaram do primeiro jogo, então têm de jogar este!
 


Jogabilidade - 83
Gráficos - 76
Som - 75

Enredo - 80

NOTA FINAL - 80

Luís Pinto







terça-feira, 20 de março de 2018

NI NO KUNI 2 - Análise




Developer: Bandai Namco

Consola:
  • PlayStation 4 Pro
  • Razer Raiju Controller
  • Razer Leviathan Sound System

PC:
  • Keyboard Razer Epic Chroma
  • Mouse Razer Naga Epic Chroma
  • Monitor AOC U3277PWQU

Mobile:
  • LAIQ Glow

O primeiro Ni No Kuni foi uma obra prima do seu género, sendo um dos melhores JRPGs desta década. Agora chega às lojas Ni No Kuni 2 e a expectativa é alta. Mas será que consegue corresponder?

Começando pela parte sonora, Ni No Kuni 2 apresenta uma banda sonora de sonho e efeitos sonoros de boa qualidade. O trabalho de vozes fica abaixo do que se espera para um jogo desta qualidade e tal afeta o jogo globalmente em termos sonoros. No entanto, a fantástica banda sonora, uma das melhores do ano até agora, ajuda a melhorar todo o jogo, principalmente nos momentos de batalha ou de maior carga emocional, algo muito necessário neste género.



Na parte gráfica é um jogo bem conseguido, com um design bastante anime mas bastante diversificado, com cenários distintos e cheios de detalhe e de identidade. É fácil identificar certas características que tornam alguns cenários únicos. A isso junta-se um bom conjunto de cut-scenes e sinceramente gostava que fossem muitas mais a preencher este jogo.

Ainda na parte gráfica, agradou-me bastante o ritmo desta sequela. O jogo está rápido, sem quebras e com uma atmosfera a um bom nível. As batalhas, bastante mais intensas em termos de ritmo, apresentam-se sem falhas, sem quebras e ajudam este novo sistema de combate a ser um dos melhores aspetos do jogo.

A jogabilidade, que também ganha bastante com este novo ritmo, apenas peca por, em alguns momentos do jogo, ser demasiado fácil. Foram vários os momentos em que acreditei estar perante um temível inimigo que me faria suar, mas depois a batalha foi muito mais fácil do que o jogo deu a entender no início ao criar toda uma atmosfera que nos fazia antever algo mais.



Uma das surpresas mais agradáveis deste jogo é o facto de agora termos de ajudar à construção do reino, oferecendo ao jogo muito mais estratégia e necessidade de gestão de recursos e tempo. Apreciei bastante a possibilidade de criarmos o nosso reino, escolhendo construções, estudando as necessidades do povo e do reino, levando a uma brutal sensação de satisfação quando tudo começa a encaixar e a correr bem.



Sendo um JRPG, o enredo é essencial, e aqui, durante as mais de 40 horas de jogo, teremos momentos altos e outros baixos. O nosso personagem principal tem o carisma e os valores morais que nos faz querer avançar, mas desde o início a história parece demasiado simples. Pelo meio começam a aparecer algumas surpresas que tornam a narrativa mais adulta, o que foi uma agradável surpresa porque durante algum tempo pareceu-me que estava perante um jogo mais juvenil. Lentamente, o enredo toca em algumas questões morais e filosóficas que me espantaram pela forma como foram abordadas e também porque o jogo não parecia ir nessa direção. Infelizmente, este enredo poderia ter sido ainda melhor se as personagens secundárias tivessem sido melhor exploradas. No fim, a sensação que permanece é que queremos saber muito mais sobre estes personagens que nos acompanharam. Os bons e memoráveis JRPGs costumam ter um bom conjunto de personagens que aos poucos vamos conhecendo, com os seus passados, traumas, crenças, objetivos, etc... aqui tal aprofundar falha um pouco, tornando a história menos abrangente do que seria de esperar.

Globalmente, Ni No Kuni 2 é um bom jogo, mas viverá na sombra do jogo anterior, algo que já se esperava pois seria muito difícil atingir a qualidade do primeiro. Em alguns aspetos até consegue superar o jogo anterior, mas a história do primeiro Ni No Kuni faz a diferença. No entanto, se gostam do género, Ni No Kuni 2 irá oferecer-vos mais de 40 horas de diversão e vale a pena ser jogado se JRPGs é o vosso género de eleição! 


Jogabilidade - 81
Gráficos - 80
Som - 86

Enredo - 78

NOTA FINAL - 83

Luís Pinto